quinta-feira, 28 de junho de 2007

Mas quais são as máscaras da arquitetura?

É possível perceber diversas maneiras como o uso da máscara pode beneficiar ou não uma pessoa. Ela pode utilizá-la para se libertar e conseguir realizar seus desejos e aspirações, como no caso das máscaras do carnaval de Veneza, mas também pode utilizá-la para se esconder e se proteger, como no texto de Wilhelm Reich, em seu livro “Escuta Zé Ninguém”, na qual ele discursa a respeito do grande mal que os “Zé Ninguém” podem fazer a eles e fala da couraça que usam para se “proteger”.

Mas e na arquitetura? Quais são as máscaras que podem existir?

Bem... Os edifícios podem possuir diversas camadas, sejam benéficas ou não, assim como para as pessoas.
Um exemplo de máscara é a utilização de vidros reflexivos nos edifícios. Essa camada esconde o que existe dentro da edificação, mas permite que os indivíduos em seu interior vejam tudo ao redor. Além de não permitirem a visão interna, eles ainda refletem tudo o que se encontra ao redor, assim podemos dizer que ele utiliza as características dos prédios no entorno para não destacar as suas.


Torna-se um grande volume sem personalidade, pois não possui a capacidade de se impor, ignorando as características do entorno. Não que uma edificação não deva levar em consideração o entorno, mas com certeza deve ter um diferencial em sua forma, cor, textura, estrutura, enfim, alguma expressão que seja só sua.

Então como dizer que um edifício que simplesmente reflete os demais tem personalidade? É claro que usar o vidro de forma racional enriquece um projeto, mas até onde grandes planos de vidro dão beleza? Quando esse reflexo passa a ser assustador?

... E essa seria uma máscara.
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Fonte das figuras: Para ver de onde as figuras foram retiradas basta clicar sobre elas.

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