terça-feira, 5 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de maio de 2009
sobre os defeitos 'auto-análise'
"Não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. Até cortar os defeitos pode ser perigoso - nunca se sabe qual o defeito que sustenta nosso edifício inteiro… Há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Quase quatro anos me transformaram muito. Do momento em que me resignei, perdi toda a vivacidade e todo interesse pelas coisas. Você já viu como um touro castrado se transforma em boi. Assim fiquei eu…Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver. Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma."
Trecho de Minhas Queridas - Clarice Linspector
sexta-feira, 22 de maio de 2009
hj eu quero apenas uma pausa de mil compassos...
Mais uma vez...
5 e-mails, 2 celulares e agora 3 agendas e para que isso tudo se eu continuo sem conseguir organizar todo o meu tempo.
Hoje no ônibus eu resolvi fazer uma listinha do que eu quero fazer. Como se fosse uma lista de prioridades sem ordem, porque todas elas têm importância para mim. Nem preciso dizer que a folha acabou e as minhas prioridades não. São todas coisas que eu preciso e quero fazer.
Quando eu vou aprender a organizar meu tempo?
Será que o problema é mesmo meu tempo ou eu simplesmente levo muito a sério aquela historinha de ‘multiplicidade’?
Eu não quero magoar ou abandonar nada nem ninguém, mas mesmo assim eu faço isso às vezes. A pior parte é que a única coisa que eu consigo fazer é pedir desculpas e de que serve essa palavra?
Demonstração de arrependimento? Eu acho que não, nem sempre eu me arrependo. Para falar a verdade quase nunca. Eu vejo o erro, assumo que errei me sinto mal pelo que magoou, mas não me arrependo. É como se não quisesse negar as minhas possibilidades. São tantas...
O tempo...
E tantas coisas para fazer...
Eu queria conseguir organizar tudo isso. Queria que todos soubessem que não é descaso, ao contrário, talvez seja só amor demais.
5 e-mails, 2 celulares e agora 3 agendas e para que isso tudo se eu continuo sem conseguir organizar todo o meu tempo.
Hoje no ônibus eu resolvi fazer uma listinha do que eu quero fazer. Como se fosse uma lista de prioridades sem ordem, porque todas elas têm importância para mim. Nem preciso dizer que a folha acabou e as minhas prioridades não. São todas coisas que eu preciso e quero fazer.
Quando eu vou aprender a organizar meu tempo?
Será que o problema é mesmo meu tempo ou eu simplesmente levo muito a sério aquela historinha de ‘multiplicidade’?
Eu não quero magoar ou abandonar nada nem ninguém, mas mesmo assim eu faço isso às vezes. A pior parte é que a única coisa que eu consigo fazer é pedir desculpas e de que serve essa palavra?
Demonstração de arrependimento? Eu acho que não, nem sempre eu me arrependo. Para falar a verdade quase nunca. Eu vejo o erro, assumo que errei me sinto mal pelo que magoou, mas não me arrependo. É como se não quisesse negar as minhas possibilidades. São tantas...
O tempo...
E tantas coisas para fazer...
Eu queria conseguir organizar tudo isso. Queria que todos soubessem que não é descaso, ao contrário, talvez seja só amor demais.
terça-feira, 12 de maio de 2009
"O bicho, meu Deus, era um homem"
Ok... Atrasos, banho, pensamentos soltos e passados... Enfim, minutos depois eu não consigo controlar os meus dedos. Claramente a saladinha e o suco de soja (prioridade ridícula para um ser ‘pensante’) fica para depois.
Deixando a culpa pelas inspirações ou plágios de lado eu não posso deixar de contar mais um momento decisivo e ridículo para a formação de um caráter nesse país maravilhoso.
Cena típica...
Começo de noite, terça-feira, despedida do namorado... Melações à parte (afinal nem eu me agüento de tanto dengo – conseqüência de uma paixão novinha em folha e confusa para não variar) uma cena barulhenta tira a minha atenção do meu mundinho irritantemente romântico. (Desculpa, mas eu tenho que fugir do meu lado ‘laranja lima’ e dar uma de ‘limãozinho’, senão provavelmente se vão horas e mais horas de romance insuportavelmente romântico – Prometo não falar mais!)
Corre-corre, seguranças e um tapa. Estalado e nas costas. Um menino, que pode ser chamado rapaz, é aquele que cai no chão enquanto dois seguranças nanicos, metidos a ‘dono do mundo’ resolvem começar o seu ritual banal de auto-afirmação e bater no (nem tão pobre) rapaz que roubou, nada mais ou nada menos que, biscoito.
Daí pra frente todo mundo imagina o que aconteceu. Carro parando, gente se chegando, revoltando, olhando. E claro, eu não me excluo dessa multidão tão superficial.
De repente até surge em defesa do (ainda não) acusado um homem trabalhador. “Ele não tem o direito de bater assim... Eu tenho um irmão preso... e blá blá blá”. Nossa! Só no Brasil mesmo para um trabalhador gritar com tanto orgulho a façanha do irmão delinqüente.
Cena de todos os dias. Que ao contrário da digna história contada em um blog, muito apreciado por mim, não merece ser contado de uma forma linda e poética. Isso tem que ser escrito no mesmo nível do acontecido e sem nenhuma coerência.
O final? Advinha só? Pizza! Ou melhor... Biscoito!
Porque o ‘homem trabalhador’ defendeu heroicamente o ‘menino carente’ que saiu caminhando e arrumando a camisa enquanto comia o biscoito que causou a agressão dos dois comediantes ou melhor ‘seguranças’ que seguiram na direção oposta. Sem polícia, sem dinheiro e sem biscoito.
Deixando a culpa pelas inspirações ou plágios de lado eu não posso deixar de contar mais um momento decisivo e ridículo para a formação de um caráter nesse país maravilhoso.
Cena típica...
Começo de noite, terça-feira, despedida do namorado... Melações à parte (afinal nem eu me agüento de tanto dengo – conseqüência de uma paixão novinha em folha e confusa para não variar) uma cena barulhenta tira a minha atenção do meu mundinho irritantemente romântico. (Desculpa, mas eu tenho que fugir do meu lado ‘laranja lima’ e dar uma de ‘limãozinho’, senão provavelmente se vão horas e mais horas de romance insuportavelmente romântico – Prometo não falar mais!)
Corre-corre, seguranças e um tapa. Estalado e nas costas. Um menino, que pode ser chamado rapaz, é aquele que cai no chão enquanto dois seguranças nanicos, metidos a ‘dono do mundo’ resolvem começar o seu ritual banal de auto-afirmação e bater no (nem tão pobre) rapaz que roubou, nada mais ou nada menos que, biscoito.
Daí pra frente todo mundo imagina o que aconteceu. Carro parando, gente se chegando, revoltando, olhando. E claro, eu não me excluo dessa multidão tão superficial.
De repente até surge em defesa do (ainda não) acusado um homem trabalhador. “Ele não tem o direito de bater assim... Eu tenho um irmão preso... e blá blá blá”. Nossa! Só no Brasil mesmo para um trabalhador gritar com tanto orgulho a façanha do irmão delinqüente.
Cena de todos os dias. Que ao contrário da digna história contada em um blog, muito apreciado por mim, não merece ser contado de uma forma linda e poética. Isso tem que ser escrito no mesmo nível do acontecido e sem nenhuma coerência.
O final? Advinha só? Pizza! Ou melhor... Biscoito!
Porque o ‘homem trabalhador’ defendeu heroicamente o ‘menino carente’ que saiu caminhando e arrumando a camisa enquanto comia o biscoito que causou a agressão dos dois comediantes ou melhor ‘seguranças’ que seguiram na direção oposta. Sem polícia, sem dinheiro e sem biscoito.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
poutporry 'de mim'
"(...) Coração não tem barreira, não/Desce a ladeira, perde o freio devagar/Eu quero ver cachoeira desabar/Montanha, roleta russa, felicidade/Posso me perder pela cidade/Fazer o circo pegar fogo de verdade/Mas tenho meu canto cativo pra voltar.
Eu posso até mudar
Mas onde quer que eu vá
meu cantinho há de ir (...)"
(Cantinho escondido)
"Lágrimas, tormentos / Quantas desilusões / Foram tantos sofrimentos e decepções, mas um dia o destino a tudo modificou.Minhas lágrimas secaram /Meus tormentos terminaramFoi uma nuvem que passouE hoje a minha vida é um carrossel de alegrias E como se não bastasse, estou amando de verdade.Me perdoa se eu me excedo em minha euforia Mas é que agora sei o que é felicidade"
(lágrimas e tormentos)
"Na péle braile prá ler/ Na superfície de mim /Milímetros de prazer /Quilômetros de paixão...Vem pr'esse mundo Deus quer nascer / Há algoinvisível e encantado / Entre eu e você...Vem pr'esse mundo Deus quer nascerQue a alma aproveita prá ser A matéria e viverQue a alma aproveita práViver!..."
(a alma e a matéria)
sábado, 9 de maio de 2009
(...)
"Eis o melhor e o pior de mimO meu termômetro, o meu quilateVem, cara, me retrateNão é impossívelEu não sou difícil de lerFaça sua parteEu sou daqui, eu não sou de MarteVem, cara, me reparaNão vê, tá na cara, sou porta bandeira de mimSó não se perca ao entrarNo meu infinito particularEm alguns instantesSou pequenina e também giganteVem, cara, se declaraO mundo é portátilPra quem não tem nada a esconderOlha minha caraÉ só mistério, não tem segredoVem cá, não tenha medoA água é potávelDaqui você pode beberSó não se perca ao entrarNo meu infinito particular"
Marisa Monte - Infinito Particular
sexta-feira, 8 de maio de 2009
previsão (por um) tempo
Eu posso até casar, mas não agora.
Eu quero me apaixonar, mas não por força.
Eu tenho sonhos e eles são doces, como laranja lima.
Eu tenho medos, mas tento fugir deles.
Eu quero ser livre, mas ter alguma coisa à que me prender.
Eu quero amar com liberdade.
Eu quero tantas coisas que nem consigo entender como posso ser e querer tantas coisas distintas ao mesmo tempo.
Se as pessoas falassem menos, se elas não esperassem tanto. Se o relógio ficasse no bolso ao invés do pulso. Se os olhos fossem sempre sinceros. Se a paciência fosse sempre uma virtude. Se (...)
Talvez se as coisas acontecessem (não do jeito certo, mas) de um jeito único talvez eu não precisasse me limitar em falar do tempo.
Eu quero me apaixonar, mas não por força.
Eu tenho sonhos e eles são doces, como laranja lima.
Eu tenho medos, mas tento fugir deles.
Eu quero ser livre, mas ter alguma coisa à que me prender.
Eu quero amar com liberdade.
Eu quero tantas coisas que nem consigo entender como posso ser e querer tantas coisas distintas ao mesmo tempo.
Se as pessoas falassem menos, se elas não esperassem tanto. Se o relógio ficasse no bolso ao invés do pulso. Se os olhos fossem sempre sinceros. Se a paciência fosse sempre uma virtude. Se (...)
Talvez se as coisas acontecessem (não do jeito certo, mas) de um jeito único talvez eu não precisasse me limitar em falar do tempo.
“Nuvens carregadas crescem no litoral do Amapá e provocam mais chuva em Macapá. A chuva cai fraca agora e a temperatura está em torno de 25C.”
(in)certeza
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